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Santa Casa assinala Dia do Cuidador com Simpósio

A constituição de uma “Rede de Cuidadores Informais” foi a principal conclusão do Simpósio “O Cuidador Hoje” levado a cabo pela Santa Casa da Misericórdia da Ribeira Grande no dia 4 de novembro de 2016, para assinalar oficialmente nos Açores o “Dia do Cuidador”. O evento teve lugar no Teatro Ribeiragrandense e foi presidido por Alexandre Gaudêncio, Presidente da autarquia, estando a Secretária Regional da Solidariedade Social representada por Natércia Gaspar, Vogal do Instituto de Ação Social dos Açores.

Os trabalhos encerraram com um testemunho de um cuidador informal que, de forma emocionada, falou da sua experiência em tratar de um familiar acamado, o que sensibilizou a numerosa assistência para os cuidados e posturas que se devem adoptar para se tratar com dignidade e humanidade o doente. Perante as exigências do mundo actual, para além de se cuidar dos mais desfavorecidos, aquele encontro concluiu que urge apoiar e valorizar os cuidadores que diariamente de forma altruísta dedicam o seu Ser ao Outro.

Tratou-se de uma matéria que se revelou não apenas como pertinente, na medida em que o cuidador hoje em dia poderá não ser só a pessoa que antecipa o cuidado aos seus pais, mas poderá assumir outras dimensões, como também foi uma importante oportunidade para sensibilizar os cuidadores para as melhores práticas e as atitudes mais aconselháveis no acompanhamento dos doentes e acamados.

As imprevisibilidades do decurso da vida, uma doença de um cônjuge, um acidente de um filho, ou qualquer acontecimento traumático e inesperado poderão alterar toda uma dinâmica familiar, relacional e social e poderá conduzir à necessidade de se encontrar a figura do cuidador, como elemento ativo para mitigar os transtornos de lidar dia a dia com uma situação inesperada. As exigências do mundo actual e as funções que cada um de assume no seio das suas famílias, do seu emprego e na sociedade, surge em consequência a exigência de reequacionar o papel como cuidador. Antes a rede social de apoio era mais densa, mas nos dias de hoje muitos cuidadores sentem-se sozinhos e desapoiados nas suas tarefas. Felizmente, os cuidadores hoje poderão encontrar suporte instrumental, físico e emocional nas instituições que, com os seus recursos humanos, apoiam diariamente de forma competente e dedicada esta função.

Ser cuidador de forma inesperada, de forma antecipada ou mesmo de forma profissional implica sempre lidar com exigências a diversos níveis. Assim, surgiu a relevância deste simpósio ao abordar não só as questões físicas que os cuidadores enfrentam, mas também reflectir sobre as vivências emocionais que os cuidadores experienciam. Com efeito, esta manhã abordar-se-á a forma de lidar com o luto, o burnout nos cuidadores formais e informais, a forma do cuidador se prevenir face à mobilidade do idoso e a dimensão humana do cuidar.

Acima de tudo, a Santa Casa da Misericórdia da Ribeira Grande pretende que o cuidador possa ter um lugar de destaque e visibilidade para que também ele possa ser cuidado. Foram preletores Rita Arruda que falou sobre “A Morte Ensina a Viver”, a psicóloga da Santa Casa da Misericórdia de Lagoa, Matilde Sabino de Sousa, acerca do “Burnout em Cuidadores Formais e Informais”, tendo sido a moderadora Teresa Santos, do Instituto de Ação Social dos Açores e interlocutora da Equipa de Apoio Integrado ao Idoso. No segundo painel falou-se sobre como “Promover a mobilidade do Idoso, melhorando a qualidade de vida do cuidador” por Marlene Pimentel, fisioterapeuta afecta ao Centro de Saúde da Ribeira Grande e “Cuidar de Quem Cuida: Um Olhar Sobre a Dimensão Humana do Cuidar”, por Liliana Janeiro, da Unidade de Saúde de Rabo de Peixe, sendo moderadora Barbara Anahory, médica assistente em Medicina Geral e Familiar da Unidade de Saúde de Rabo de Peixe.

Uma manhã que serviu para que os participantes pudessem ser sensibilizados para a importância de dar informação e formação ao cuidador para desempenhar cabalmente a sua árdua função de cuidar do outro.

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